domingo, 25 de abril de 2010

Sídrome de burnout.



 Eu tenho dito repetidas vezes em sala de aula, que, se o professor em formação não cuidar bem da construção do seu conhecimento, ele será um dos primeiros a sofrer com a sua falta de habilidade de gerir as suas turmas. Obviamente, não estou defendendo que a as manifestações de violência são resultado apenas da falta de competência docente. As origens podem ser mapeadas em uma diversidade de fatores como os problemas sócio-econômicos da nossa população, as (inexistentes) políticas públicas para o setor educativo, a gritante desvalorização do papel do professor, a falta de esperança na educação, etc. Contudo, não se pode deixar de lado, visto que este blog destina-se a atuais e futuros professores (bem como aos que formam e trabalham junto a eles), que a preparação para esse estado de coisas (os conflitos, a indisciplina, a violência) tem que ser mais específica. Não podemos mais lidar com a formação docente como se estes profissionais fossem tratar apenas de conteúdos curriculares relativos às tradicionais áreas do conhecimento, como língua, matemática, ciências sociais e da natureza, por exemplo. O manejo da disciplina e da convivência, a resolução de conflitos, as discussões sobre as regras, o desenvolvimento moral, são temas que precisam estar mais presentes nos cursos de formação de professores.
Não tenho dúvida que o caos que se instalou em algumas (talvez muitas) salas de aula brasileiras tem contribuído de maneira decisiva para os crescente casos de burnout entre os profissionais da educação. Por isso, continuo defendendo que, investir na própria formação é também um investimento na própria saúde...

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