sexta-feira, 14 de maio de 2010

De "boa vontade", o inferno está cheio!

Pelo que já postei nessa página do blog, não causará surpresa saber que concordo com tudo o que o vídeo a seguir apresenta como estratégias para prevenir a violência e os consequentes fracasso e abandono escolares. Entretanto, há elementos faltantes neste especial produzido pelo Governo. É tão óbvio quanto imprescindível dizer que o professor terá dificuldades para agir de maneira preventiva, se ele não for devidamente preparado para isso. A atuação eficaz só pode ser resultado de uma formação igualmente competente. Resulta, também, de condições de trabalho, que facilitem o desempenho dos profissionais da educação. Quero, portanto, salientar, que depende muito da atuação do professor em sala de aula, a diminuição dos casos de violência, bullying, indisciplina, fracasso e evasão escolares. Mas, não depende só dele e não podemos responsabilizá-los exclusivamente pelas mazelas da nossa educação pública. Um bom trabalho, repito, requer formação apropriada, condições adequadas, remuneração justa, e não apenas boa vontade. Afinal, sabemos que, para aqueles que têm somente boa vontade, há uma ala lotada no inferno.

sábado, 8 de maio de 2010

Respeito é bom e todo mundo gosta!



Os professores, como já é sabido, têm sofrido com o exponencial aumento da violência nas escolas. Como tenho defendido em sala de aula e nesta seção do blog, as instituições de formação docente precisam concentrar esforços para que os futuros professores promovam, em sua prática pedagógica, ações preventivas e, quando necessário, remadiativas, no que tange ao aparecimento da violência escolar. No seio dessas ações, não poderia ficar de fora algo que é essencial a qualquer relação que vise ser harmônica e, principalmente, que tenha como objetivo a formação de cidadãos que sejam conscientes do seu papel para a formação de uma sociedade justa: o RESPEITO!
Infelizmente, tenho tido notícias cada vez mais frequentes, trazidas por alunos que realizam observações em salas de aula, que os professores costumam ofender, desqualificar, menosprezar e até humilhar os seus alunos publicamente. Talvez os professores não acreditem que estes também são atos violentos. Talvez, imaginem que a violência só se concretize na materialidade do gesto agressivo, principalmente quando provoca danos físicos a objetos ou pessoas.
É preciso aceitar que há violência - e uma violência covarde, se é que alguma não seja - quando aquele que deve contribuir para a promoção do potencial de crianças e jovens - e também de adultos - se vale da sua posição privilegiada para diminuir e/ou hostilizar essas pessoas. As relações professor/aluno precisam ser mais profissionais e perder esse viés do que há de pior nas relações parentais. É imprescindível que os educadores se dêem conta do efeito nefasto que produz em seus alunos, quando se dirigem a eles com ofensas ou palavras de descrédito. Afinal, respeito é bom e todo mundo gosta...

sábado, 1 de maio de 2010

Conhecer para intervir II

Os dados estão aí. Já temos um bom volume de informações sobre a violência na escola (vejam o livro da Miriam Abamovay no link da seção TEXTOS). E agora? Quais ações implementar?
As instituições formadoras de professores precisam, com urgência (!!!), dar destaque a este tema nos seus currículos. Não podemos mais ignorar o caos que se instalou nas escolas, mormente as públicas. Portanto, VIOLÊNICA JÁ nos currículos de licenciatura!!! Quer dizer... eh... Violência? Já? Ah, vocês entenderam.